A Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários - DELEPREV, com o apoio da Assessoria de Pesquisa Estratégica do INSS, após aproximadamente 06 (seis) meses de investigação, deflagrou na manhã de hoje a Operação GHOST. Cerca de 100 (cem) policiais participam da deflagração da operação, cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro e em bairros dos subúrbios cariocas.
Na Operação GHOST foram expedidos 13 (treze) mandados de prisão temporária, além de 24 (vinte e quatro) mandados de busca e apreensão, ficando comprovada a prática dos crimes de estelionato (art. 171), inserção de dados falsos em sistemas de informação (art. 313-A) e formação de quadrilha (art. 288, todos do Código Penal Brasileiro).
A investigação policial foi iniciada para apurar a possível ilegalidade no requerimento/concessão e no saque de benefícios assistenciais e previdenciários, principalmente pensões por morte, por intermediários e servidores da Previdência Social, utilizando, a princípio, dados de pessoas falecidas ou inexistentes, motivo pelo qual a investigação foi batizada de OPERAÇÃO GHOST (FANTASMA na língua inglesa).
A Operação conseguiu desarticular uma organização criminosa, baseada em uma funerária, que criava segurados fictícios e relações de dependência econômica inexistentes, a partir da falsificação de documentos públicos e da leniência de servidores da Previdência Social, para requerer e sacar benefícios previdenciários e assistenciais fraudados, notadamente após a morte de um segurado do INSS que não deixou dependentes econômicos.
De forma reiterada, a quadrilha, ainda, efetuava empréstimos consignados nos benefícios fraudados, adiantando o produto do crime, temerosos que as irregularidades pudessem ser descobertas e os vencimentos que auferiam chegassem ao fim.
Ao que parece, a quadrilha atuava desde o final da década de 1990, já tendo, nesse interregno, causado prejuízos aos cofres da Previdência Social da ordem de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais).Maiores esclarecimentos serão prestados pelo Delegado Álex Bersan em entrevista coletiva a ser concedida às 11 horas na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, situada na Av. Rodrigues Alves, 01, Centro.